Pelo alargamento<br>do passe social

As organizações regionais de Lisboa e Setúbal do PCP lançaram uma campanha conjunta em defesa do alargamento do passe social a toda a Área Metropolitana de Lisboa, para que este seja válido em toda a região, em todos os operadores e em todas as carreiras. No folheto que suporta a campanha, o PCP constata a multiplicação de títulos de transporte a vigorar na Área Metropolitana (mais de dois mil) e o seu «exorbitante preço». Para os comunistas, deve ser assegurado que «com um mesmo passe intermodal ou com um mesmo bilhete se possa circular em toda a AML». Assim se garante não apenas o percurso «trabalho-casa» ou «escola-casa», mas o «conjunto de necessidade de mobilidade da população, nomeadamente o acesso à saúde, ao lazer, ao desporto e às actividades sociais.

Outro aspecto particularmente gravoso da actual política de transportes nos distritos de Lisboa e Setúbal é a existência de muitas empresas de transporte colectivo que estão fora do passe social intermodal. São os casos, entre outras, da Fertagus, da Metro Sul do Tejo, da Barraqueiro, da HLM e da Isidoro Duarte. Neste caso, o PCP entende que o governo, qualquer que seja, «mesmo sem assegurar toda a oferta metropolitana através de empresas públicas, facilmente consegue que as empresas privadas que exploram concessões de transporte público integram o passe social intermodal, se de facto o quiser: basta para tal colocar essa adesão como condição para a renovação das concessões».

Mas, realça o PCP, há ainda empresas privadas que integram o passe social intermodal e que conseguiram autorização para operar algumas carreiras fora deste sistema, o que lhes serviu para «fazerem as populações optarem pelos seus passes (próprios ou combinados) ganhando as empresas privadas mais dinheiro à custa dos utentes perderem mobilidade». A inclusão de todas as carreiras no sistema de bilhética intermodal é, para o Partido, outra forma de alargamento do passe social.

O elevado preço dos títulos é um entrave à mobilidade da população, afirma o PCP, lembrando que os preços praticados na região de Lisboa são superiores aos que vigoram, por exemplo, em Berlim. O PCP defende, assim, a reintrodução dos descontos para jovens, estudantes e reformados. Para pôr fim ao verdadeiro regime de «recolher obrigatório», que se vive em certas zonas devido à redução na oferta, o Partido defende o aumento das carreiras, ligado à integração das diversas empresas no passe social.

Partindo da concepção de que o «aumento dos utentes deve ser a verdadeira razão de qualquer política de transportes», o Partido defende a quebra do ciclo recessivo «aumenta-se o preço e degrada-se o serviço, logo perde-se utentes/ como se perde utentes, aumenta-se o preço e degrada-se o serviço para o adequar à menor procura, e assim sucessivamente». Aliás, o que os estudos revelam relativamente à AML é que «só se registou um aumento significativo dos utentes quando se introduziu o passe intermodal L123». O alargamento proposto, afirmam as organizações regionais do Partido, «traria um enorme crescimento dos utentes, com ganhos evidentes para os próprios e para a sociedade».




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